sábado, 12 de maio de 2012

A senhora minha mãe



Em homenagem ao dia das Mamães, eu intimei a minha, Sra. Irani Félix, a escrever para nós. Ela também tem blog, o http://iranifelix.blogspot.com.br/ que fala de culinária, com receitas, histórias e curiosidades sobre ...Adivinha? Receitas!
AVISO: Este conteúdo é uma produção independente. Conteúdos e opiniões expressas nele não representam a minha opinião, apenas e somente a da minha mãe.
Engana-se quem pensa que ser mãe é “padecer no paraíso”. Ser mãe não é só desgraça e tragédia. Eu sou mãe, e acreditem: Minha vida é bem divertida.

Tudo depende de como se passa conhecimento e civilidade aos pequenos “humanozinhos”.
Eu sempre considerei meus filhos (a Jéssica é a filha mais velha, tenho mais 3 filhos além dela) como pessoas inteligentes e pensantes...acredito que isso tenha sido determinante na educação deles.
Sempre fui muito sincera nas minhas opiniões e acreditem: todo recém-nascido é feio!
Vou contar a respeito da Dona Jéssica.

Quando soube da gravidez eu só pensava que ia ficar gorda e perderia minhas roupas... E no dia que ela nasceu, eu fui para o hospital completamente dopada de Anador (remédio), valente por fora e morta de medo por dentro , porque dizem que a “dor do parto é a “ dor da morte” . Mas não foi tão ruim assim. Quebrar o dedinho da mão doe bem mais.

O verdadeiro problema fio quando a enfermeira me trouxe a “criaturinha”. Na minha cabeça ela deveria ter cara de neném de propaganda de fralda... mas não era, ao contrário, era bem feia!
Falei para a enfermeira:
-Tem certeza que isso é meu?
-Sim! – disse ela.
-E agora?- pensei eu- Minha filha parece o Zé Gotinha.

A cabeça era parecida com uma gota, o nariz era achatado e cheio de bolinhas brancas. Para ser honesta... tinha cara de joelho.
As pessoas olhavam e diziam “Mas que bonitinha, parece a mãe, tem a boca do pai...” e eu pensava:
-Onde está a criança bonitinha que eu não vejo? Será que sou tão feia assim? Ela não pode parecer comigo!

Levantei a questão de terem trocado o meu bebê bonito por um feio... Mas infelizmente me provaram que eu estava errada. O Zé Gotinha era meu!
Depois de mais ou menos três meses ela foi ficando bonitinha e até hoje não parou de ficar.
Ser a mãe da Jéssica é sempre uma ventura... Aos dois anos ela enfiou um botão de margarida dentro do nariz, para sentir melhor o cheiro da flor. (rsrsrs)

Caia das arvores de casa, acabava com o joelho (nem dava tempo de cicatrizar o machucado que já tinha outro por cima) , tirava a tampa do dedão do pé (dava topada em tudo) , fazia bolo de terra , decorado com minhocas e comia o bolo e a “decoração” para saber se o gosto era bom...
Pura aventura!
A verdade é que com isso tudo, não me sinto mãe de ninguém (estou mais para “irmã mais velha“). Acredito que fiz e estou fazendo um bom serviço, mas não em enquadro na ideia (e nem nas estatísticas) do feriado. Quando houver o “Dia da Irmã Mais Velha”, ai sim será meu feriado!

Mas de qualquer forma, desejo um bom Dia das Mães que nesse domingo, e provavelmente em todos os outros, vão começar a preparar do almoço desde as oito da manhã, com aventalzinho por cima do vestido florido, e muita louça para lavar (opa, isso está igual todos os dias) . Mas esquece da louça (os joelho, o botão de margarida, a minhoca, o Zé Gotinha) o importante desse dia é ela! Então parabéns!

Um comentário:

  1. Hahaha fazia tempo que não me divertia tanto com um texto... quanta sinceridade. =) (muito bem escrito. Parabéns pela filha que tem e pelo texto dona Irani).

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